A raça Brangus foi desenvolvida para utilizar as características superiores das raças Angus e Brahman.
Sua genética é estabilizada em 3/8 Brahman e 5/8 Angus.

A combinação resulta em uma raça que une as características de duas “raças-mãe” altamente bem-sucedidas.
A raça Brahman, por meio de rigorosa seleção natural, desenvolveu resistência à doenças, rusticidade e instinto maternal notável. Angus são conhecidos por suas qualidades superiores de carcaça. Também são fêmeas extremamente funcionais que se destacam tanto na capacidade de fertilidade, quanto na habilidade materna.

Uma revisão do desenvolvimento da raça Brangus nos levaria de volta para além da fundação da American Brangus Breeders Association em 1949; no entanto, os Brangus registrados descendem dos animais da fundação registrados naquele ano. Grande parte do trabalho inicial no cruzamento do gado Brahman e Angus foi realizado na Estação Experimental do USDA, em Jeanerette, Louisiana. De acordo com o USDA 1935 Yearbook in Agriculture, a pesquisa com esses cruzamentos começou por volta de 1932.

Durante o mesmo período, o Clear Creek Ranch de Welch, Oklahoma e Granada, Mississippi, Raymond Pope de Vinita, Oklahoma, o Essar Ranch de San Antonio, Texas, e alguns criadores individuais em outras partes dos Estados Unidos e Canadá, também estavam carregando em programas privados de criação experimental. Eles estavam procurando por um animal do tipo carne bovina desejável que retivesse a capacidade natural do Brahman de prosperar sob condições adversas em combinação com as excelentes qualidades pelas quais o Angus é conhecido.

Os primeiros criadores de 16 estados e Canadá se reuniram em Vinita, Oklahoma, em 2 de julho de 1949, e organizaram a American Brangus Breeders Association, mais tarde renomeada para International Brangus Breeders Association (IBBA), com sede em Kansas City, Missouri, e eventualmente San Antonio, Texas, onde a sede está permanente localizada desde janeiro de 1973. Atualmente, existem membros em quase todos os estados dos EUA, Canadá, México, Austrália, América Central, Argentina e Rodésia do Sul (na África).

No Brasil, os cruzamentos começaram a serem feitos na década de 1940, por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Bagé/RS. Inicialmente, o resultado do cruzamento foi batizado de raça Ibagé pelos técnicos da época. Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus Ibagé, até que se tornou apenas Brangus, anos mais tarde.

O Brangus pode ser preto ou vermelho, mocho, com uma pelagem fina e pele pigmentada. Suas orelhas são de médias a grandes, e a pele é solta, com dobras no pescoço. A garupa é ligeiramente arredondada e os touros têm um cupim moderado.

Os Brangus têm um bom temperamento que foi originalmente selecionado quando a raça foi criada.

Os touros Brangus adultos, geralmente, pesam entre 800 a 900 kg, enquanto as fêmeas maduras pesam entre 500 e 550 kg.

Os touros atingem a puberdade aos dois anos de idade e estão prontos para entrar em serviço aos 18 meses. As novilhas estão prontas para procriar aos 14 meses de idade, e entregar seu primeiro bezerro aos 24 meses de idade.

Os touros podem permanecer em serviço até os 12 anos, enquanto as vacas podem produzir bezerros além dos 14 anos.

Esta raça é considerada muito versátil por ter alto desempenho em pastagens e confinamentos, com boa resistência ao calor e à alta umidade. Sob condições de clima frio, produzem pelo suficiente para proteção adequada.

As vacas são boas mães e os bezerros geralmente, são de tamanho médio ao nascer.